HILLARY SEM MAQUIAGEM. DESMANTELO OU CORAGEM?

Acredito que Hillary Clinton não avaliou que o impacto fosse tão grande. Apareceu num compromisso político em Bangladesh sem maquiagem ( só com batonzinho tomate e nada mais), cabelos ao vento ( reparou que estão também mais brancos?), sobrancelhas mais grossas.

E em plena corrida presidencial 2016. Foi um choque. A imprensa de todo o mundo comentou: Aos 65 anos, " de rosto nu" .

Antes, havia deixado crescer o cabelo. Críticas severas da Beauté. " Mulher madura usa cabelos curtos", diz a regra (???). Explicou: não tem tempo para si mesma, queria o cabelo comprido para usá-lo em rabo-de-cavalo. Desaprovação geral.

Veja antes:

Hillary, vocês se lembram, foi uma Primeira Dama perfeita, figurino perfeito, estilo irretocável, aplaudido no Mundo Fashion. Mudou algumas vezes de corte e tom de cabelo, todos aprovados. E desde então, passou a ser alvo de obsessões estéticas.

Na acusação, agora, jargões do gênero "vista-se à altura do cargo que almeja", ou "parecia envelhecida e cansada".

Na defesa, " Hillary demonstra assim a segurança de quem tem autoridade bastante para vestir-se como quiser. Se estivesse de pijama e chinelos, isso não a faria menos competente".

Mas me chama sobretudo a atenção o texto de Robin Givhan, no The Daily Beast:

"...E, em geral, maquiagem faz o olhar mais polido, um pouco mais perto de perfeito, mais controlado, um pouco menos real - porque a realidade pode ser confusa e perturbadora...Seu rosto mostrava nua realidade, uma espécie de humanidade que normalmente não é revelada por figuras públicas. Ela diz que com a idade fez as pazes com a aparição pública. Finalmente calou o adolescente cuja insegurança assombra a psique? Ou será aquela voz do jovem interno, a lembrá-la do que sempre foi?...

...Nas fotos que causaram tanto rebuliço, parecia um pouco com ela mesma em seus dias de Wellesley, antes da vida pública - de jogar no lixo suas bandanas, cortar o cabelo e vestir o manto de um político. E se parece mais agora com seu antigo ser - não necessariamente melhor agora, mas certamente mais corajoso."

Confira: